Terapia de luz vermelha pode reduzir coágulos sanguíneos mortais
Resumo:
A exposição à luz vermelha de longo comprimento de onda demonstrou reduzir significativamente a formação de coágulos sanguíneos em estudos realizados tanto em camundongos quanto em humanos. Os efeitos da luz vermelha estavam associados à diminuição da inflamação, à redução da ativação do sistema imunológico e a mecanismos que promovem a formação de coágulos, como as estruturas de armadilha extracelular de neutrófilos (NETs) e a ativação plaquetária.
Principais Fatos:
- Estudos indicam que a luz vermelha pode ajudar a reduzir o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais, especialmente em grupos de alto risco, como pacientes com câncer.
- A pesquisa foi conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e publicada no Journal of Thrombosis and Haemostasis.
Artigo:
A investigação revelou que a exposição à luz que estamos submetidos pode alterar processos biológicos essenciais e, consequentemente, nossa saúde. Os autores do estudo, liderados pela Dra. Elizabeth Andraska, afirmam que essas descobertas podem abrir caminhos para terapias relativamente baratas que beneficiariam uma vasta população.
Cientistas têm estabelecido vínculos entre a exposição à luz e os resultados em saúde ao longo do tempo. O estudo revelou que camundongos expostos à luz vermelha apresentaram quase cinco vezes menos coágulos sanguíneos em comparação com aqueles expostos à luz azul ou branca. A pesquisa analisou ainda dados de mais de 10.000 pacientes que se submeteram a cirurgia de catarata, mostrando que pacientes com câncer que usaram lentes filtradoras de luz azul apresentaram um risco menor de formação de coágulos.
A equipe de pesquisa se propôs a entender os mecanismos biológicos subjacentes a essas mudanças e está desenvolvendo intervenções com luz vermelha, como goggles, para explorar as aplicações terapêuticas. A relevância dos resultados é destacada pelo Dr. Matthew Neal, que enfatiza a necessidade de investigar mais profundamente esses fenômenos.
O estudo indicou que a via óptica desempenha um papel crucial, uma vez que a exposição à luz não teve impacto em camundongos cegos, e a irradição direta de luz no sangue também não alterou a coagulação. A pesquisa sugere que a exposição à luz vermelha está associada a um estado inflamatório reduzido e a uma diminuição da ativação plaquetária, o que pode resultar em menos formação de coágulos.
Futuros estudos clínicos são essenciais para verificar essas descobertas e determinar a eficácia da terapia com luz vermelha na prevenção de coágulos, para que estratégias eficazes possam ser implementadas e milhões de vidas possam ser salvas.
Fonte:
Universidade de Pittsburgh
Contato: Allison Hydzik – Universidade de Pittsburgh
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